A FÊMINA DOS ALHEIOS
 
 
Havia uma paz abortiva
Naqueles olhos
Que governavam espaços
Se eram laços
As pedras lápidadas
Tão bem visíveis
E belas
Como a tarde
Caindo
Olhos de um brilho
Estranho
O castanho mais puro
Refletido
Como  vidrado
Em moldura
A estética da formosura
Se virou pra mim
Nada disse
Mas se disse
Só ouvi por alma
A bela flama
Que o rosto conclama
Ser princesa
Dança delicada
Num passo
Tão leve como vento
Por andar
No sublime floral
Do que é suave
 A alva delícia
Que uma pele
Pede carícias
Intocáveis
Pelos brutos
Ele resoluto
Estático num canto
Que conta estrelas
Havia visto o paraíso
Que não sorria
Tão fácil
Ela queria outro destino
Abrir a sensualidade
Do tímido corpo
Das Deusas prometidas
Pra que os ares
Fossem tragados
Mais fáceis
As hábeis maduras
Diziam sobre o amanhã
Vais apenas conhecer
O fútil no limite
Que atravessa sozinha
Ele ficará acenando
As ilusões de pertencer
Ao impossível
N’outro lado da margem
Não olhe
O que atrás morre
Envenenado de paixão
Segura a mão
Da “fortaleza”!