caroço
Os escombros persistem
E não há palavra
Que me
Torne o que desejo ser
p
o demônio, imaginação
vertiginosa
quem tem medo
de quem se arrasta pelas
frestas,
derramando lubricidade
pelas
bocas das coisas
pois toda coisa
tem boca
toda coisa é boca
toda coisa nos chega
como comida ou como boca,
que
manhosamente
no entorpece
e nos
e nos e nos e nos
sabe-se
quanto de mim
já foi
sabe-se quantos
ainda aguenta
ao chamado das coisa
aos dentes que
cada coisa guarda
É para ele essa linguagem
Curtida no azeite quente
Colhida na beira dos cemitérios
ascedida da dureza
de um tijolo
da cara feia
de quem
não gosta
e não goza
Da boca dos passa fomes,
Que nem sequer sabe-se só
Que não
Sabe que a caixa
De feixe elétricos
Inflige
Dor, que cospe
em sua cara assim
que chega em casa
e janta, que
ao botão
embaixo do dedo
do lado
de sua senhora
leva fumo
e nem sabe
que na rua do lado
suja de bosta de mendigo
ascende um veneno novo