Inculpe

A engrenagem não para

No inexorável tempo

Em horas passadas

Turbulentas ou raras

Na taça a uva

Celebrante da vida

No jogo vital.

Deixamos a roda

Na estrela da tarde

No vinho e na arte

No amigo e no amor.

E que avance sem nós

O progresso e a cidade

No momento que arde

Para sermos torpor.

No néctar inculpe

Vibrante e efêmero

Brincaremos com o tempo

Depois retornaremos

Aos nossos lugares

No encaixe da máquina

Para trabalhar.