Zéfiro, Bóreas, Noto e Euro

Me sinto sereno, brinco com as folhas do topo

Sopro as gotas do seu pescoço e balanço teu brinco

Não me lembro de um dia tão lindo

Correndo tão leve e tão veloz planando paro de repente

Nus deitamos e escuto teu respirar como uma voz

Tudo esta lento, temos todo tempo pra nós

Eu não entendo, vc não me entende e mente

Te bagunço os cabelos, a sala, derrubo o espelho.

Me abraça!

Arrancando os telhados te tiro do chão

Te levo pra dançar nas nuvens

Porque somos imunes

Ao rancor

À noite sopro tuas velas desse barco à deriva

Acorda! sou eu! a tua brisa pela manhã

Vem ver o mar com toda sua imensidão

Te refresco e te abrigo do sol

Mergulhos profundos em águas calmas e claras

Tudo é perfeito, te adormeço

Desconfio, sinto muito frio

Tenho tanto medo!

É um pesadelo de nuvens negras,

Gero uma tormenta.

Ondas que despencam e despedaçam

Mesmo assim eu não te largo

Não te largo não.

Somos náufragos que encontraram uma mensagem na garrafa.

Werner Volmer
Enviado por Werner Volmer em 21/08/2014
Reeditado em 04/03/2017
Código do texto: T4930905
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