sementes estéreis

hoje eu choro em silêncio

pois se o vento sopra

a dor reaparece

como um coro de vozes

pertinentes e retintas

e habito os desertos ocos e causticantes

e em delírios me debruço com a alma nua,

crua

e mirando o infinito

como gota de orvalho

que cai suave

e lentamente

na penitencia de si mesmo

na ausência descolorida

e dolorida

de sementes estéreis

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 20/08/2014
Código do texto: T4930771
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