Cume
O pó que carrego
No velho solado
Do calçado meu,
Colheu a estória
Das vidas que fui
E deixei de ser
Tentando me achar
Nos cacos do dia
Sem começo e fim.
Raízes severas
Punem os ramos
Que se hospedam
No seio do desejo.
E entre os beijos
Sorvidos em idos
Da insana mocidade
Tu eras o esboço
Da minha Perfeição.