Minha terra

 
Ó querida Capanema
Estou sempre pensando em ti
Ah! que saudade das palmeiras
Do anajá, do Tucumã e do vinho de buriti
A estrada de Ferro de Bragança
As mangueiras da Joaquim Távora e da Barão
A rua do Fogo e o banho no rio Garrafão
Minha terra tem palmeira
Onde canta o rouxinol
Segurando a tua bandeira
Vou caminhando de sol a sol
Passando nos diversos bairros
Destacando a tua cultura
Terra de mulher bonita
Do cimento e do futebol
Minha terra tem palmeira
Onde canta o Uirapuru
Vou rompendo as fronteiras
Andando de Norte a Sul
O trem e a Maria Fumaça
O cantar do curió
As praças e as árvores verdejantes
O rio como um lençol
Caçadores entrando nas matas sortudas
Pescadores com isca e anzol
Minha terra tem palmeira
Tem história singular
Os versos que a ti dedico
São referências vindas pra cá
Vindas nem sei de onde
Com ternura e gratidão
Expresso meus sentimentos
De amor e fidalguia
Posso declarar com clareza
Sou Capanemense de coração
Aqui é minha terra
Capanema meu lugar
Quem te chamou de mata azarada
 Não pretende mais chamar
Pensa no sentido inverso
Usa palavras de fé
Faz aqui sua morada
Capanema cidade altaneira
Jovem, bela e faceira
De tradição Nordestina
Nos olhos a minha retina
Capanema de ontem e de hoje
Terra cabocla e morena
De gente feliz e conceituada.

 
  

Poesia publicada na Coletânea do Projeto Palavra é Arte da Editora Cultural (Salvador-BA) com circulação nacional. Refere-se a uma homenagem para minha cidade Capanema, conforme registro fotográfico em que estou expondo a bandeira. 

 
Paulo Vasconcellos
Enviado por Paulo Vasconcellos em 20/08/2014
Reeditado em 05/11/2014
Código do texto: T4929940
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