O ALCOOLATRA
Eu sou o ego ferido,
que as vezes encontra,
uma razão de ser...
Eu sou um pobre coitado,
que vive calado,
sem saber viver...
Eu sou um louco varrido,
que chora contente,
sem ter razão...
Eu sou o desprezo da carne,
que vive açoitado,
na própria prisão...
Eu sou do vicio nefasto,
andarilho nervoso,
de um mundo cruel...
Eu sou uma sombra escura,
um ser deprimido,
um escravo fiel...
Já tive prazeres felizes,
que foram engolidos,
por goles mortais...
Transitam num cérebro doente,
que as vezes se sente,
como os animais...
Na roda amarga da vida,
já fui excluído,
de todo cuidado...
Eu sei que o álcool e um mal,
as vezes fatal,
para um viciado...
Alcoólatra e sina,
de quem sofre,
e não quer reconhecer...
Vive em triste derrota,
mas não admite,
e nem sabe perder...