Homenageando um amigo de infância, com alma
Ele chegava de mansinho
Sem fazer carinho
Corpo sarado
Sem nenhum gingado
Critico às belezas
Fiel à sua natureza
Não elogiava beleza
Sorria na incógnita
Com saber de intelectual
Palavra surreal
Discreto no saber
Direto ao falar
Ele chegava manso
Calmo, sem ranço
Sorriso largo
Jeito seu de cativar
Sem machucar
Sem anunciar
Querendo ficar
Com gosto familiar
Arrimo sem confirmar
Só querendo ajudar
Junto querendo ficar
Sem grito, sem maldade
Com qualquer idade
Querendo só felicidade
Forte na dor
Sem olhar a cor
Andar de menino
Olhar de felino
Pensando seu tino
Sem desatino
Beijo forçado
Abraço ousado
Conquistando um amasso
Fogo nas veias
Animal fulgural
Desejo eternizado
Sem saber o que lhe esperava
Vencido pelo ciúme
Caiu no cume, um crime de amor
Como uma ave abatida
Com o tiro da sua voz
Seguiu-se o sono profundo
Partindo para outro mundo
Deixando a chama que nunca apagou
Deixou órfãos corações
Com choro e emoções
O ar nunca foi o mesmo sem sua presença
Secaram as lágrimas da alegria
Sua ausência
Fez choro em noite embriagada
Com o liquido da saudade
Saudade! Saudade!
Partiu sem piedade