Madrugada!
Meu corpo agitado, quente...
Corpo inflamado, sangue ardendo pela saudade.
De um beijo molhado e profundo,
Que me inebria como um licor.
E me faz perder o rumo, a decência o prumo.
Seu corpo me deixa inconstante e perdida,
Sem realidade nem vida... Só no sexo acho a saída.
Palavras de mulher bandida?
Não de amante esquecida,
Na madrugada incendiada,
Cheia de vontade de tua boca,
De tua língua louca, contornando meus lábios,
Silenciando meu protesto,
Dizendo-me que eu não presto.
Meu corpo agitado, quente...
Ferve ao lembrar da gente
Da entrega, da mão tola,
A deslizar pelos seios,
E repousar no meu ventre,
Que te anseia, e te acolhe,
E o desejo me consome.
Minha pele nua colada na tua...
E as estrelas alcançadas,
Depois de nossa cavalgada...
Fantasia de meu coração,
Que aplaco de mansinho,
Fazendo amor comigo,
Querendo estar contigo.