DE VOLTA DO EXILIO...

E partiu...

Pra longe... pra longe de tudo...

O tudo físico, o tudo emocional...

Buscou fugir pro interior,

E na cidade do interior,

Mergulhou no seu "interior"...

Sem musica,

Sem livro,

Sem jornal,

Sem tecnologia...

Estava exilado de si mesmo...

Estava só...

Mas lhe restava a lua e um violão!

E uma noite depois de muitas noites,

Ao dedilhar o violão,

Sentiu que era hora de voltar...

A caixa de e-mail deveria estar cheia,

Muitas poesias que deixou de ler...

E tantas que não tinha parido.

Era hora.

"E quem sabe faz a hora, não espera acontecer"...

Religou a internet e não se sentiu consumido,

Estava feliz,

E buscou devorar as poesias... eram tantas...

E sorriu...

Como se todos os poemas

Beijassem sua boca...

E não ouviu o barulho do concreto...

Tinha a sensação de ouvir uma música

Dedicada a ele!

Estava de volta ao (seu) Recanto...

De volta do seu exilio interior!

Geraldo Rolim
Enviado por Geraldo Rolim em 18/08/2014
Reeditado em 18/08/2014
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