DE VOLTA DO EXILIO...
E partiu...
Pra longe... pra longe de tudo...
O tudo físico, o tudo emocional...
Buscou fugir pro interior,
E na cidade do interior,
Mergulhou no seu "interior"...
Sem musica,
Sem livro,
Sem jornal,
Sem tecnologia...
Estava exilado de si mesmo...
Estava só...
Mas lhe restava a lua e um violão!
E uma noite depois de muitas noites,
Ao dedilhar o violão,
Sentiu que era hora de voltar...
A caixa de e-mail deveria estar cheia,
Muitas poesias que deixou de ler...
E tantas que não tinha parido.
Era hora.
"E quem sabe faz a hora, não espera acontecer"...
Religou a internet e não se sentiu consumido,
Estava feliz,
E buscou devorar as poesias... eram tantas...
E sorriu...
Como se todos os poemas
Beijassem sua boca...
E não ouviu o barulho do concreto...
Tinha a sensação de ouvir uma música
Dedicada a ele!
Estava de volta ao (seu) Recanto...
De volta do seu exilio interior!