A FIGURA PERECÍVEL DO CAOS
 
 
Mandalas
E outras criaturas presas
Nas presas da miniatura
Perigosa
Fogosa se atire
Em mim
Na tentativa de roubar
Minha noite
Ou qualquer dia
Que tenha ficado
Sobre meu várzeo
Vacilante
Pede outra bebida
Conte sua vida
Vou amanhecer aqui
Há outra porta
Atrás do homem
que de preto insulta
resulta da barba
que parece postiça
olhos fixos na taça vazia
papel amassado
apertado com força
a sombra de um rosto
reflexo do frio
será o andante
que vi
empoeirado
pela dama que fugia
d’um destino
serei o menino
és a mestiça com flechas
aceito seu veneno
calado
meus lábios ruins
de razão
serão soltos
então amados
a pulsão de Eros
causará aflitude
que o lugar acordará
do estático
flácido convite
embebido de moedas
o clima barato dos bócios
e as conversas atoas
sumirão derrepente
estará presente
o remédio cítrico
das vulvas solicitas
que o abrigo vestido
de comum
é uma casa enfeitada
de destinos
saimos e os aplausos
são risos perdidos
e amigos estranhos
querendo conhecer
o outro lado
de estar sem fantasia
poderíamos ir
visitar a madrugada
mas minha estada
termina por aqui
obrigado...