ESTE CHÃO!

Este chão acabrunhado

É o berço do meu fado

A terra onde eu nasci!

É o chão que piso agora

É onde minh`alma chora

Onde minha boca sorri!

Este chão onde há calor

Que eu carrego com Amor

Sente tristeza e alegria.

Está “vestido” de fadiga

Dos velhos tempos de espiga

Só que transpira…poesia!

Este chão em que os poetas

Por palavras indiscretas

Falam em laivos de saudade.

Se a pátria está ressequida

Aqui mesmo ainda há vida

Mas vida…sem dignidade!

Este chão de pouca água

De martírios e de mágoa

De gentes a trabalhar duro.

É o chão que tanto amo

E para o qual reclamo

Melhorias…no futuro!

Este chão assim escaldante

Onde a lua é mais brilhante

Quando vem beijar a planura.

Tem aves nos seus trinados

Pastores guardando seus gados

E nas casas...a brancura!

Neste chão que me dá prazer

Nele eu quero morrer

Por eterna gratidão.

É a rima pró meu verso

Onde está meu sonho imerso

Preso a estranha solidão!

Este chão pouco se expande

Mostra em mim uma ânsia grande

Transporta em mim um desejo!

Faz-se poema- canção

Mora no meu coração

E tem por nome…ALENTEJO!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 17/08/2014
Reeditado em 18/08/2014
Código do texto: T4925808
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