NO DISFARCE DE LILITH
 
A velocidade
Do berrante alucinado
Clamando pelas
Éguas pastando ao redor
Tranquila desova
Que os carniceiros
Vão fazer
Depois da morte
De toda vítima
o sacrifício
mantido a distância
antídoto não tem
terá que nascer
n’outra aurora
quando a lua beijar
o sol
o uivo maligno
do lobo faminto
que espanta as penas
se ela foi sedenta
terá o sangue quente
ainda que o vulcão
adormeça
as mãos fortes
a um terço da pele
faz acordar
entre todas aquelas
malditas
que ficaram ruminando
no suspiro medonho
da escolha
ela a única que
se entregou
p’ra vitória do destino
o clamor eram raios
pueris
a neve que percebe
o fogo
há outras em que a
manta se forma
ela não joga
se mostra
a vontade do “corredor”
derrete o amor
no claustro figurado
que enterra a criança
a lança de Joana
estava já preparada
ele veio morrer
do que matar p’ra ser rei
sua lei queimou
nos prazeres da dona
que ninguém monta
querendo poder
o banquete desenhou
a besta feminina com falo
o castelo será
aquela árvore antiga
de amarras feridas
grilhões povoados
de Adão.