O OBSÉQUIO MUDO

Ontem a noite

Havia encontrado
Brilhantes na madeira
Uma pulseira dourada
Jogada a esmo
Pelo quarto
Sutilezas com aroma
Das verdades
Que se vão
Sobre as águas calmas
Ficou sentada
Enquanto as águas
Respondiam
Seus pedidos
Me solte bandido
Que roubou
Minha alma
E deixou
Recados
Ainda estampados
Maquiados depois
Que o espelho retrata
Um rosto que me olha
Ofendido
Me pede socorro
Há drinks sozinhos
Que se toma
Quando se cala
Um sonho
Há paisagens sozinhas
Passagens secretas
Do olhar
Que a janela
Descobre
Que ficou mal amada
E agora mão passeia
Desolada
Pelo último copo
Vazio
Do vazio que dentro
Agora dança
Não alcança
Nenhuma mão
P’ra aniinhar a vontade.