NA TRAMA DE NUIT
 

 
Ela enfeitou
O quarto com
Véus cortinas
Brancas rasgadas
De uma noite apenas
Que ele teve com ela
Eram teias possuídas
Da devoradora
Dos machos reclusos
Confusos
Por estarem diante
De uma aventura
Querendo se envolver
Se envolvem
Ficam presos
Tomam liqüidos
Fervidos
Das entranhas
Do deleite
Que se derrama
Suas bocas clamam
O que escorre
Pelo rosto
É tão doce
O engano precoce
Quando se envenena por mel
Ela vacina a pele
Como agulhas
Pontiagudas
Das unhas
Seu baton vermelho
Que só deixa marcas
Extravassa
Joga a cama p’ra fora
Venham me derreter
Na devassa
Hora da noite
Que vem a  mim
E se completa
que o acaso do tempo
Provoca nuvens
Escuras
É meu gozo delirante
Tornando meu amante
Viciado de mim
Eu possuo outras iguais
Então vais
A  procura
Agora conjuras na idade

De todas as outras mortais.