O QUE VEM DO CORAÇÃO...
Oh, musa das minhas poesias
Oh, minha amada delicada
Te faço emancipada
De todas as tuas primícias...
Mas não sê, tão insensata
Não esqueças quem mais te amou,
Pois em tua espessa mata
Se perdeu, mas me encontrou...
Mas existem flores no teu canteiro
Com orquídeas belas e invernais
Multicolorindo em teu chão rasteiro
Com cheiros e sabores, néctares tropicais...
És tu, minha linda musa encantada
Com tuas rendas que aos ventos balançam,
E o poeta desejoso como em uma bravata,
Não só arrebata um beijo, mas tua alma abraça...
Muitas vezes me encontro numa luta
Alardeio na aguda afeição que te coroa
É o latejo do meu peito que desabotoa
Na sentença que não se faz bruta,
Mas o amor e a paixão nos executa
O que vem do coração, tudo se perdoa...