De Carona na Alma Alquímica de um Cometa
O poeta então se afronta ao espelho
e busca em cada célula alguma explicação,
eis que então, no brilho profundo do olhar
ele mergulha solitário em um rastro de cometa
e vai sem rumo, vai em busca de respostas,
batendo de porta em porta,
de planeta em planeta,
sem saber que sua carona, que faz rastro pelo céu
tem a mão do menestrel, tem a resposta exata,
e em voz universal, compreendida ao bem e ao mal
a voz narra desditosa: - Sou o pólen das rosas,
sou a estrela da manhã, a espada de Dartanham,
sou grito de supernova que nova matéria jorra
devido ao meu papel, meu rastro de luz no céu
que é apenas e simplesmente, a redoma da semente
que germina universos e, o poeta em seus versos
semeia com alma pura, a verdade que perdura
na alquimia das respostas.