Ciclos
Teu sorriso volátil,
Passeia no vésperal outono dos meus dias.
Fascina meus recônditos sonhos,
E se vai...
Com o vento que passa.
Depois do feitiço lançado,
Se esvai intacto, sem culpas,
Esfarelando meus sonhos.
Mergulho, num mundo de pesadelos cruciais!
Num intervalo de memória,
Registro os ciclos da lua,
E comparo, aos humores dos meus dias...
Diversifico meus gestos, de acordo com a deusa da noite.
Sinto, os horrores dos meus medos.
Vejo teu sorriso indo no vento...
Enamorando as damas da noite,
Atiçando a libido, dos pensamentos.
Mergulhando meus sonhos, na lama.
Transcendendo minha vontade de viver!
Renovando meu desejo de morte.
Pois, o infinito não pode chegar,
Ao horizonte de minha liberdade.
E nesse desencontro fatal,
Minha alma adoece...
Me torno mórbida,
Distante do meu vésperal outono,
Do meu mundo de sonhos...
Passa o tempo e a dor faz morada.
Mais o lamento, como todo sentimento,
Como já disse o poeta: "...é eterno enquanto dure"
Expulsei meus soluços,
Enxuguei minhas lágrimas e sorrir.
Para mais uma vez te ver passar,
Brincando com a vida...zombando de mim.