Das Profundezas de um Lago de Lágrimas
Nos lagos profundos da minha história
visões insurgentes dessa situação
que brota da sensação merencória
que emerge solitária dentro do coração.
Lagos de águas límpidas lacrimosas,
visões proféticas do novo apocalipse,
no jardim faleceram todas as minhas rosas
quando beberam da luz escura do eclipse.
Lagos translúcidos da minha reflexão,
visões atordoantes dentro à imaginação
que percorre caminhos inescrupulosos
recriando mundos destros e airosos.
Nos lagos tão profundos dessa imensidão
tenho visões utópicas de alguma insensatez
que brota na poesia de cunho e rendição
reescrevendo o velho cálice da nova embriaguez.
Lagos inóspitos de superfícies flácidas
deturpadoras das imagens outrora reais,
agora só o reflexo opaco e convexo
das cores diáfanas de um pouco de paz.