Lua Inepta

Não era feio, nem era torto

Muito que se posto era seu olhar, profundo

E pude até pensar em fazer freio

Ao seu desleixo , porém, disposto

A me dar o mundo no clichê e ao seu jeito

Mas tinha medo...

E tinha tudo, uma vez que, se tinha em centeio

Para colher no futuro...

Aquele sentimento mudo

Que do corpo aperta o peito

E de seguro era apenas o porto

Entreposto entre os corpos

E os sussurros daquela noite

Que para o meu desgosto

O tempo ousava em findar

Sem ter proposto uma flâmula branca

Aos meus devaneios tolos.

AnaTeresa Oliveira
Enviado por AnaTeresa Oliveira em 14/08/2014
Reeditado em 07/11/2020
Código do texto: T4921780
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