Lua Inepta
Não era feio, nem era torto
Muito que se posto era seu olhar, profundo
E pude até pensar em fazer freio
Ao seu desleixo , porém, disposto
A me dar o mundo no clichê e ao seu jeito
Mas tinha medo...
E tinha tudo, uma vez que, se tinha em centeio
Para colher no futuro...
Aquele sentimento mudo
Que do corpo aperta o peito
E de seguro era apenas o porto
Entreposto entre os corpos
E os sussurros daquela noite
Que para o meu desgosto
O tempo ousava em findar
Sem ter proposto uma flâmula branca
Aos meus devaneios tolos.