Sonho calado

Sonho calado

Vanderli Granatto

Bati insistente na porta da esperança.

Cultuava ainda o sonho de criança.

Almejava encontrar o que procurava,

No caminho íngrime pelo qual passava.

Havia o sonho se dispersado um tanto,

Outro sem detença, esquecido num canto.

Outro sufocado por lágrimas, que o levava.

Cintilava somente pouquíssimo, do que restava.

Embora diante da sonhada esperança,

Percebi que não era mais criança

Estava calando o imaginado encanto.

Um sonho radiante calado,

Pelo tempo inexorável dispersado...

Fechei a porta; sem a luz do acalanto.

Vanderli

Em 10/08/2014

Botucatu/SP