PESADELO
Por vezes,
tenho uma vontade enorme
de me render à lógica
do medo
de morrer,
razão antológica
e final
de todos os medos.
Imagino-me, então,
um ser supremo,
tão etéreo quanto disforme;
tão terno, quanto animal.
E a ele revelo segredos
de sobreviver
sem um coração,
desenredo
dele, o demo.
Por vezes,
tenho uma vontade enorme
de me render à lógica
do medo
de morrer,
razão antológica
e final
de todos os medos.
Imagino-me, então,
um ser supremo,
tão etéreo quanto disforme;
tão terno, quanto animal.
E a ele revelo segredos
de sobreviver
sem um coração,
desenredo
dele, o demo.