Corcel
Majestoso me vêem,
Um lindo corcel!
Veloz, fulmegante na ânsia de logo chegar.
Meu Órion no céu,
Elegante, audaz...
Porém distante... meu Apolo querido.
Vêem, cortando o véu do infinito.
Com um sorriso nos olhos,
O garbo de um rei.
Meu ladrão de sonhos!
Desprendo minha alma.
Tu à leva consigo...
Deixando um vácuo, hermo e sombrio em mim.
Esquece-me de acordar do sonho...
Agora, vago sozinha sem luz, sem rumo.
E o ébano do momento,
Adorno-se dos meus olhos.
Sentada admirando a noite e pensando na luz...
E o silêncio é um grito por dentro,
Meu corpo chora a separação.
Minha alma, trocou a morada...
E baila de mãos dadas, com a solidão!
Súspiro para as horas,
E as imagens me voltam... junto com a saudade!
De um majestoso corcel,
Cortando meu céu.
Levando meu Apólo
Que deixa um rastro de luz...
Com o nascer do sol.
Para iluminar meus olhos,
E aquecer meus sonhos.