Distância

Exausta encostada

No muro áspero

Muro que construímos.

Sinto que você já não me escuta mais

Escolheu seguir sem olhar pra trás

Ainda tenho medo de ficar só

E me recuso seguir sem ter a sua mão para segurar

Preciso de sua macies

Preciso da sua voz

Preciso do seu riso torto

Preciso das suas desculpas sem razão

Exausta encostada

No muro áspero

As lágrimas escorrendo em meu rosto,

Me levanto ainda com a visão embaçada

Miro o olho inchado na fresta que fiz a algum tempo

E com muito sacrifício consigo ver seu vulto

Em baixo da árvore frondosa

Seus braços se multiplicam

E o seu vulto caminha duplicado

Em direção a algum lugar

Em meu peito

O coração dilacerado

Tenta de maneira desastrosa

Reunir seus pedaços

E a cada tentativa a distância aumenta

Porém sinto que é hora de seguir também para algum lugar.

ÊEE Passarinho!!! Espero que não se esqueça de mim em suas revoadas e que volte de vez em quando para me visitar.