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Levando a alma da gente


há momentos que

na alma da gente
as paredes oram em silencio,
as janelas fogem das cortinas
e o vento tem braços quebrados

há momentos,

que não dizem por que vem, 
a solidão


há secura sem sede
e fome sem ilusão



há momentos
que o pensamento
só quer trazer dos longínquos montes

uivos melancólicos de abandonos
para suprir a falta que faz um apito

quando o navio vai sumindo
devagarzinho na última linha do mar


há momentos,
que o delta de um rio
é quem chora...







 
MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 13/08/2014
Código do texto: T4920731
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