Um homem oco
chorei... chorei muito!
ela vestia um corpo delicado,
faceiro como minha sombra,
agora tão apagada
conheci milhões de cores:
o amarelo de suas vestes,
o vermelho de sua boca,
o preto dos seus esconderijos
caminhei sob a penumbra,
procurei um raio de sol
por entre as frestas da loucura,
seu olhar não estava lá
solitário, ao pé da escada,
já não tenho para onde ir
é tarde demais, lá fora chove
aqui dentro é só mágoa