FLUIDEZ DO TEMPO


Alimento os segundos com o tempo que me resta,
Esbarro, em fúria e festa, a testa no pilar de ontem, 
A flor de hoje tem no cume do perfume minha pele,
Sou marcado nos raios de sol, no amanhã adolesço.

Adormeço na profundidade do meu berço abissal,
Sou o cristal liso da ampulheta percorrido pelo pó,
Sou cítrico e só no pleno mel do tempo que passa,
Acordo em passos leves e sobre os cacos do futuro.




 
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 12/08/2014
Reeditado em 14/08/2014
Código do texto: T4919196
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