Fortunas

Costumava escrever sobre turbulências

tais que não cabiam mais

Mas se o vulcão grita "desistência"

escrevo hoje ou nunca mais?

Se o corpo já não tem tanta resistência,

não se iguala a tantos mais

Mas se acalmam as carências

se lembra dos ideais

Volto o corpo com a mesma impotência

e as sonolências das vidas reais

Não faço rimas com consistência,

não rimas fodas, como aquelas tais

Mas me mantenho firme, com coerência

sempre acertando que o sincero acaba por valer mais.

Jaina
Enviado por Jaina em 11/08/2014
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