Invernia

Nas dores do silêncio

em caminho, adentro de mim...

Derramo-me em "pra quê e porquês",

diante a dor à corroer,

o sentir que maltrata,

hoje sou... Verdade-mentira.

Eu, você, nós

talvez sejamos, ou somos

rara calma...

Calma que em vida,

é rara, é minutos,

é ventania, horas, são chances...

Vida, labirinto...

Hoje é uma invernia,

que nos casos e acasos

da vida, se faz em labirinto.

Labirinto que revela-se nos,

obscuros e incertezas,

notada em aurora, em lágrimas.

Invernia hoje é,

folhas do chão. Que talvez

se faz como o verdadeiro

reflexo da vida...

Folhas crescem, amadurecem,

murcham, caem e morrem...

Reflexo da vida.

Invisível, distante do que sou,

sinto-me triste, fraco, distante.

Em invernia, sinto meu abandono

mas sei que real em mim, é o,

amor que guardo aqui no peito,

que em se, versos e poemas,

desejo gritar "Solte-me"

Um quadro novo, um novo revelar

em mim se fará, para curar a dor...

Para curar a minha triste imperfeição

para eu ir mais além, para eu achar,

o meu lugar, o meu ser...

Mas sei que jamais será tarde demais

e do alto da pedra eu vou gritar

"Liberdade no meu coração"

Hoje, meus medos,

é nada entre o valor e a vergonha.

Fico a hesitar, mas a espera de,

um novo adeus, há acender a luz

e dizer que tudo o que é meu, foi

Deus e o tempo que me concedeu.

Invernia é acaso,

dor acasos,

choro incerteza,

glória certeza.

Deus o amor.

Léo da Silva
Enviado por Léo da Silva em 11/08/2014
Reeditado em 08/11/2016
Código do texto: T4919007
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