Invernia
Nas dores do silêncio
em caminho, adentro de mim...
Derramo-me em "pra quê e porquês",
diante a dor à corroer,
o sentir que maltrata,
hoje sou... Verdade-mentira.
Eu, você, nós
talvez sejamos, ou somos
rara calma...
Calma que em vida,
é rara, é minutos,
é ventania, horas, são chances...
Vida, labirinto...
Hoje é uma invernia,
que nos casos e acasos
da vida, se faz em labirinto.
Labirinto que revela-se nos,
obscuros e incertezas,
notada em aurora, em lágrimas.
Invernia hoje é,
folhas do chão. Que talvez
se faz como o verdadeiro
reflexo da vida...
Folhas crescem, amadurecem,
murcham, caem e morrem...
Reflexo da vida.
Invisível, distante do que sou,
sinto-me triste, fraco, distante.
Em invernia, sinto meu abandono
mas sei que real em mim, é o,
amor que guardo aqui no peito,
que em se, versos e poemas,
desejo gritar "Solte-me"
Um quadro novo, um novo revelar
em mim se fará, para curar a dor...
Para curar a minha triste imperfeição
para eu ir mais além, para eu achar,
o meu lugar, o meu ser...
Mas sei que jamais será tarde demais
e do alto da pedra eu vou gritar
"Liberdade no meu coração"
Hoje, meus medos,
é nada entre o valor e a vergonha.
Fico a hesitar, mas a espera de,
um novo adeus, há acender a luz
e dizer que tudo o que é meu, foi
Deus e o tempo que me concedeu.
Invernia é acaso,
dor acasos,
choro incerteza,
glória certeza.
Deus o amor.