POETA¹
(Ao poeta Augusto dos Anjos)
Francisco de Paula Melo Aguiar²/³
Doutor tristeza!
Como te tratavam...
Quantas vezes, em tua alma?
De poeta quiseste a palma.
Quantas vezes, em segredo?
Ao falar singelo, tosco.
Prodígios, dissestes e medo...
Lázaro da Pátria.
Nasceste para viver.
A idealização da humanidade futura.
Junto com o Criador de teu próprio “Ser”.
Com Maria Santíssima entre as estrelas...
Junto com Doutor Alexandre e Dona Mocinha.
No empírico gozar delícias.
Duradouras, não fictícias, como na terra.
E para sempre, sempre hás de tê-las...
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¹AGUIAR, Francisco de Paula Melo. Augusto dos Anjos e a realidade do ser e do não ser. João Pessoa: UNIGRAF, 1984, p. 8.
²Cadeira 07 – Academia Paraibana de Poesia
³Cadeira 01- Academia de Letras do Brasil