POETA PRÓDIGO

Pedi minha herança

e parti.

Entre festas e amigos vaguei,

Esqueci-me da casa de meu pai

E no calor das farras

Consumi toda minha herança.

Sem dinheiro,

Sem amigo,

Vi-me só, perdido no mundo.

Para matar minha fome,

Juntei-me aos bichos e às feras,

Comendo restos de comidas

e dormindo ao relento.

No fundo do poço,

Lembrei-me da casa de meu pai;

Ali, até o mais humilde dos animais,

era bem mais cuidado do que eu.

Levantei-me e me pus a caminho,

Pois conhecia o caminho de casa:

“Se não podia ser mais filho,

Contentava-me em ser seu servo!”

Ainda distante,

Vi meu pai correndo para mim,

Tomou-me em seus braços e me acolheu,

Dos meus pecados esqueceu,

Limpou minhas feridas,

Deu-me roupas novas e limpas,

Levou-me à sua mesa,

E fartei-me como nos primeiros dias.

Senti que ainda era filho,

Senti que ainda era amado.

Senti que podia recomeçar a minha vida,

O medo não mais me assustava

Porque eu estava com meu Pai!

Estava perdido,

E fui achado.

Estava morto,

E Ele me ressuscitou!

Quando penso em partir,

Lembro-me

Que aqui é o meu lugar,

No calor da Sua presença!

Jonas De Antino
Enviado por Jonas De Antino em 11/08/2014
Código do texto: T4917946
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