Ladainhas*
agora saio de mim
abandono-me das vozes
que ecoam nas ladainhas
do céu da minha mente
agora saio de mim
abandono-me das vozes
que ecoam nas ladainhas
do céu da minha mente
sinto na fímbria do querer-te
a pujança desse anseio
como sedento no deserto
como louco em rodopios
em busca da lucidez de um momento
ou dois- talvez.
a pujança desse anseio
como sedento no deserto
como louco em rodopios
em busca da lucidez de um momento
ou dois- talvez.
o céu é convite enluarado
como um imenso olho a me espiar
por detrás das constelações
dos poemas de letras nuas.
como um imenso olho a me espiar
por detrás das constelações
dos poemas de letras nuas.
num lampejo prateado
a esperança cintila na minha íris
sinto no estômago azuladas borboletas
no farfalhar das asas
um sussurro acende meu peito fogueira
a esperança cintila na minha íris
sinto no estômago azuladas borboletas
no farfalhar das asas
um sussurro acende meu peito fogueira
Karinna*