Dois pra lá... Dois pra cá...
Ao choro da sanfona
Os olhares se encontram
Corações como uma zabumba fazem-nos aproximar...
Os corpos acomodam-se envolvidos pelo aconchego da música
Dois pra lá... Dois pra cá... Dois pra lá... Dois pra cá...
Nesse compasso, é mão com mão, é mão com cintura,
É rosto com rosto, tudo a bailar.
E, de repente, o flerte...
Um elogio, uma pergunta, um sorriso.
A zabumba acelera, a sanfona chora ainda mais
E assim como a intensidade da música,
Aquela chama começa a crescer.
Dois pra lá... Dois pra cá... Dois pra lá... Dois pra cá...
Rostos não mais coladinhos,
Encontram-se frente-a-frente.
Os olhares também a bailar...
Sorrisos. Palavras. Sorrisos...
Um convite ao encontro de quem os profere.
No tilintar do triângulo, a ordem para tal encontro.
A sanfona agora chora sozinha
Como se vibrasse a magia daquele momento.
Sorrisos. Palavras. Sorrisos...
A zabumba e o triângulo logo aclamam
Chora minha sanfona!
E a magia do forró continua.
Robespierre Araújo Silva