VIDA, MAS QUE VIDA?

Mais um dia a espera do ônibus,

ônibus demorado, passageiro

maltratado.

E este ônibus que não vem,

demora uma eternidade,

e todos aqui desamparados.

Serviço público, um péssimo mister,

que sacrifício, mas tem que aguentar,

o cidadão não tem cidadania,

se omite, deixa pra lá, a deus dará,

um dia se ajeitará.

O ônibus chega cada um querendo

seu lugar, que pode mais vence,

na batalha dos egoísmos.

Q que mundo é esse? O mundo

de ninguém

Ninguém olha para ninguém,

cada um no seu mundo, mundo

profundo.

Tudo é tão estranho, todos

encostados, pele na pele,

tão perto do outro, não obstante,

e tão distante.

O ônibus arrasta, arrasta, e todos

sem graça e os minutos perduram,

parece uma eternidade, ninguém

se confrange e nem se constrange.

Todos só querem viver, mas que vida?

A perto de sardinha,ninguém se

compraz, ninguém é capaz.

Todos estáo no seu mundo

bem profundo.

E esse ônibus que não chega

no lugar de parar, aperto daqui

aperto de lá, só mesmo pra respirar.

Toque na pele sem querer,

mas tem que ser,

Todos ali querem se libertar

e em suas casas se isolar,

música no celular faz se

libertar, mesmo que o corpo

esteja lá.

Vida que não para, ninguém

se ampara cada um pra si,

e a vida por seguir, mas

que vida?

inclemente
Enviado por inclemente em 10/08/2014
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