VIDA, MAS QUE VIDA?
Mais um dia a espera do ônibus,
ônibus demorado, passageiro
maltratado.
E este ônibus que não vem,
demora uma eternidade,
e todos aqui desamparados.
Serviço público, um péssimo mister,
que sacrifício, mas tem que aguentar,
o cidadão não tem cidadania,
se omite, deixa pra lá, a deus dará,
um dia se ajeitará.
O ônibus chega cada um querendo
seu lugar, que pode mais vence,
na batalha dos egoísmos.
Q que mundo é esse? O mundo
de ninguém
Ninguém olha para ninguém,
cada um no seu mundo, mundo
profundo.
Tudo é tão estranho, todos
encostados, pele na pele,
tão perto do outro, não obstante,
e tão distante.
O ônibus arrasta, arrasta, e todos
sem graça e os minutos perduram,
parece uma eternidade, ninguém
se confrange e nem se constrange.
Todos só querem viver, mas que vida?
A perto de sardinha,ninguém se
compraz, ninguém é capaz.
Todos estáo no seu mundo
bem profundo.
E esse ônibus que não chega
no lugar de parar, aperto daqui
aperto de lá, só mesmo pra respirar.
Toque na pele sem querer,
mas tem que ser,
Todos ali querem se libertar
e em suas casas se isolar,
música no celular faz se
libertar, mesmo que o corpo
esteja lá.
Vida que não para, ninguém
se ampara cada um pra si,
e a vida por seguir, mas
que vida?