de via defessus: suspirium
Ando cansado
de todo esse tudo
que só me leva,
& só,
ao nada.
Ando cansado
do quanto me iludo,
fazendo, do rastro deste pó,
a minha verdade,
minha vontade de ceder às vontades
& minha morada.
(Agradeço a todos
que perderam seu tempo comigo.
Peço perdão.
Por não ter sido
um bom amigo,
ou inimigo.)
Ando cansado,
e não adianta
seguir o coração,
pois anda rastejante,
escravo,
daquele querer antigo.
Ando cansado
de pensar em como eu seria
um bom amante,
ou um grandessíssimo filho da mãe
rasgando o tempo
com falas lentas
& vãs.
Ando cansado.
E o pior,
é que eu não sabia
que, se, amanhã,
eu for mesmo com o vento,
ou for alvo de um baleado
defeito,
ainda haverá a poesia.
(Mas não nas letras,
tingindo a noite
com a luz
do dia.)
Ando cansado
de todo esse tudo
que só me leva,
& só,
ao nada.
Ando cansado
do quanto me iludo,
fazendo, do rastro deste pó,
a minha verdade,
minha vontade de ceder às vontades
& minha morada.
(Agradeço a todos
que perderam seu tempo comigo.
Peço perdão.
Por não ter sido
um bom amigo,
ou inimigo.)
Ando cansado,
e não adianta
seguir o coração,
pois anda rastejante,
escravo,
daquele querer antigo.
Ando cansado
de pensar em como eu seria
um bom amante,
ou um grandessíssimo filho da mãe
rasgando o tempo
com falas lentas
& vãs.
Ando cansado.
E o pior,
é que eu não sabia
que, se, amanhã,
eu for mesmo com o vento,
ou for alvo de um baleado
defeito,
ainda haverá a poesia.
(Mas não nas letras,
tingindo a noite
com a luz
do dia.)
3/8/2010