GÓTICO
Vem um vento frio
O arrepio necessita
Mais desse vestigio
Seu rastro de sigilo
Me procura
Nas juras das pontes
Escuras
Do cemitério
Logo acima
Sinto o cheiro
Do betume raivoso
Quer sair do tumulo
Se avança
Me lança vermes
Famintos
Meu corpo todo
É purificado
Das bruxarias
Vazias de sentido
Cale seu pedido
Deite no espaço
Onde as almas
Recebem as palmas
Das benção dos vivos
Me receba como
A morta que ressussita
Depois do estupro
querendo
Todo volume
Dos viciados
Que fizeram
Um amor maldito
tudo está escrito
lá fora
não há pergunta
“seja bem vindo”
foi retirado da porta
agora nos tornamos
fantasmas
na clausura das flores
secas por cima
da lápide
irão com o mesmo
vento
que verão sentindo
que é Marte
a luz que vem vindo
a mesma no poente
descendo estático
somos nós dois
morrendo de um
amor fantástico...
Vem um vento frio
O arrepio necessita
Mais desse vestigio
Seu rastro de sigilo
Me procura
Nas juras das pontes
Escuras
Do cemitério
Logo acima
Sinto o cheiro
Do betume raivoso
Quer sair do tumulo
Se avança
Me lança vermes
Famintos
Meu corpo todo
É purificado
Das bruxarias
Vazias de sentido
Cale seu pedido
Deite no espaço
Onde as almas
Recebem as palmas
Das benção dos vivos
Me receba como
A morta que ressussita
Depois do estupro
querendo
Todo volume
Dos viciados
Que fizeram
Um amor maldito
tudo está escrito
lá fora
não há pergunta
“seja bem vindo”
foi retirado da porta
agora nos tornamos
fantasmas
na clausura das flores
secas por cima
da lápide
irão com o mesmo
vento
que verão sentindo
que é Marte
a luz que vem vindo
a mesma no poente
descendo estático
somos nós dois
morrendo de um
amor fantástico...