Uma vida de ninguém

Veio à vida de alguém

ninguém sabia de quem

e ceifou uma outra vida

e a sorte disse amém

Pairou então a dúvida

De surpresa se fez lívido

O corpo de vida tomado

Não tinha nenhum pecado

Quis devolver equivocado

Alma, cavalo alado

Deixou o corpo vítima

E uma aflição legítima

Fez a morte, como a foice

Aleatório, como um doente

forma abrupta, como um coice

deixou loucura em uma mente

em penitência se fez morrer

para mundo etéreo acontecer

para a vida perdida em vão

outra morte se fez questão

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 09/08/2014
Reeditado em 10/08/2014
Código do texto: T4916329
Classificação de conteúdo: seguro