Uma vida de ninguém
Veio à vida de alguém
ninguém sabia de quem
e ceifou uma outra vida
e a sorte disse amém
Pairou então a dúvida
De surpresa se fez lívido
O corpo de vida tomado
Não tinha nenhum pecado
Quis devolver equivocado
Alma, cavalo alado
Deixou o corpo vítima
E uma aflição legítima
Fez a morte, como a foice
Aleatório, como um doente
forma abrupta, como um coice
deixou loucura em uma mente
em penitência se fez morrer
para mundo etéreo acontecer
para a vida perdida em vão
outra morte se fez questão