Conheci um indivíduo,
de um metro e meio,
que falava de flores, sorria amores e
parecia um gigante.

Esse ser escondia em si, sua pequenez.
Ao fechar as portas de sua morada,
relaxava sua sordidez,
deliciando-se ao lembrar dos
que conseguia iludir.

Sentia-se feliz ao tocar
almas ingênuas,
seduzindo-as sem piedade.
Destilando nelas todo seu veneno.

Pobre ser, o maledicente fingidor.
Fingia-se amor.
Gostava que acreditassem
que ele era maior do que seu tamanho.

 
Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 09/08/2014
Reeditado em 12/01/2015
Código do texto: T4915969
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