SUTILEZAS

Volteios sutis,
em teias me prendo,
são laços bem fortes,
a eles me rendo,
depende da sorte,
magia talvez,
tem hora, tem vez,
sensíveis qual lanças,
me amarram, são tranças.
Imagens incríveis
vêm lá da infância,
com elas me embalo
valsando nas danças,
retorno ao passado,
pois esse é meu fado
- eterna criança.
Estão a meu lado
nos versos que faço
alegre, sorrindo,
mantenho o compasso,
nunca me embaraço,
meu sonho é lindo.
Encaro o futuro,
não temo o escuro,
e logo lhe digo:
olá, meu amigo,
te achega, és bem vindo.