Periódico
Qualquer dia voltará para o inexato alvo
onde invadiremos a sala do rei
Talvez de onde venha à maldade
Os horrores sobrevoam os orbes
na estação da morte inteira
O sol não brilha nas trevas
põe-se para sempre na sepultura
Os marcadores digitais do relógio
estão sempre me apavorando
Periodicamente voltamos
Ao ódio, ao sexo e a cobiça
Por miséria e prazer
voltamos para o jogo do deleite
Os orgasmos não voltam
Os gemidos também
O espasmo vai e volta
A contorção no querer bem
O empolgante da sua cama
São os sonhos com alguém
O culpado do crime em pensamentos
Na memória enterrem
Quem não volta ao risco
Volta o descontente
Os homens voltam
para o além das misérias
A gente morre e se esquece
Na próxima cruz quando estamos
fartos de tudo por aqui neste orbe
Para não me encontrar no inferno
De Hera e seus mutilados.
Herr Doktor