O louco
O louco gritava na praça deserta...
E eu tontamente ficava
Olhando o céu,
Olhando o louco ausente,
E a praça deserta...
O louco, ausente da solidão da praça vazia,
Bramia revolta.
E eu às voltas com a árvore nua de inverno...
O louco, num palco ausente, marcava presença.
E eu tontamente ficava
Olhando os pássaros de inverno
Presentes na praça inóspita...
O louco, ausente, vomitava entranhas estranhas.
E eu tontamente ficava guardando a manhã dentro do peito...
O louco gritava à plateia ausente,
Gesticulava iras...
E eu tontamente ficava
Entre o louco e o louco céu,
Entre o louco e a perplexidade
De minha realidade absurda!
E eu tontamente ficava
Olhando o céu,
Olhando o louco ausente,
E a praça deserta...
O louco, ausente da solidão da praça vazia,
Bramia revolta.
E eu às voltas com a árvore nua de inverno...
O louco, num palco ausente, marcava presença.
E eu tontamente ficava
Olhando os pássaros de inverno
Presentes na praça inóspita...
O louco, ausente, vomitava entranhas estranhas.
E eu tontamente ficava guardando a manhã dentro do peito...
O louco gritava à plateia ausente,
Gesticulava iras...
E eu tontamente ficava
Entre o louco e o louco céu,
Entre o louco e a perplexidade
De minha realidade absurda!