TALVEZ UMA VEZ



Basta uma vez,
Uma só,
Tímida e inquieta,

Para que o amor burburinhe,
Saia do sótão,
Escancare portas e janelas
.

Basta um olhar,
Um único suspiro,
O coração tremulento,


Para que o amor faça morada,
Transite por toda a casa,
Bagunce todos os cômodos.

Amor, contudo, é borboleta.
Calicromo voa, pousa, poliniza,
Tem vida curta.

Talvez uma vez,
Singular e única...
Eternidade breve.





Imagem: tela de
Alfred Gockel
KATHLEEN LESSA
Enviado por KATHLEEN LESSA em 08/08/2014
Reeditado em 12/08/2014
Código do texto: T4915264
Classificação de conteúdo: seguro
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