MEU TEIMAR

Teimo em querer ser solidão

Um viajante ausente e sem rumo

Mergulhado num mar sem fundo

Um universo concreto de ilusão

Teimo em ser porta aberta

Para um vai e vem de almas sem norte

Um olhar frágil que finge ser forte

Atento aos sinais de alerta

Teimo em me confundir

Com os teus mais sinceros apelos

Desconcertante olhar verdadeiro

Que despe o meu iludir

Teimo por fim em ser sonho

Lindo e encantado por ser onírico

Apraz e sem dor por ser infinito

Igual a poesia por não ter tamanho.