O FLETE CANSADO

A saudade do Pago

é um mimoso flete,

cansado!

O trotear longe do Pago

é corredor que não tem fim,

pavio que nunca apaga.

Ai de meu Pampa largo,

seus pirilampos emponchados

de invernos!

Milonga luzindo no pensamento

o mate amargo é gota de chuva

no sertão de tanta saudade.

Nesta trilha de soluços e trastes,

nem a viola nordestina consola.

– Do livro OVO DE COLOMBO. Porto Alegre, Alcance, 2005, p. 101.

http://www.recantodasletras.com.br/poesias/49129

– Este poema saiu no livro O OVO DE COLOMBO, Porto Alegre, Alcance, 2005, p. 101, com o título de SOLUÇOS E TRASTES; anotação de 12/04/2017. JM.