Aos Pestilentos
Por que exigem de mim a nudez
Aqueles que, depois de se despirem das roupas esfarrapadas
De tantas orgias e naufrágios,
Sobreviveram a buracos
Dos atalhos transfigurados em vias principais?
Por que mostrar a minha pele pura
Às epidermes pestilentas
Às carnes sórdidas
Às almas em decomposição?
Não! Nenhum imperativo me move.
Até os mandados santos
Sucumbem à minha vontade.
Se a algum santo acendo um pavio
Vou à chama e à cera que me consomem.
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