Aos Pestilentos

Por que exigem de mim a nudez

Aqueles que, depois de se despirem das roupas esfarrapadas

De tantas orgias e naufrágios,

Sobreviveram a buracos

Dos atalhos transfigurados em vias principais?

Por que mostrar a minha pele pura

Às epidermes pestilentas

Às carnes sórdidas

Às almas em decomposição?

Não! Nenhum imperativo me move.

Até os mandados santos

Sucumbem à minha vontade.

Se a algum santo acendo um pavio

Vou à chama e à cera que me consomem.

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Kailah
Enviado por Kailah em 06/08/2014
Reeditado em 06/08/2014
Código do texto: T4912542
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