A POESIA NÃO DEIXA O POETA
“Saio de meu poema
como quem lava as mãos.”
Caro poeta, engenheiro, diplomata:
Pudera eu sair de meu poema,
por um momento só!
Acorrentada minh’ alma, com versos, sem dó;
mãos tingidas de poesia:
ora de suor ora de lágrima ora de sangue
(que a poesia corre nas veias, misturada ao sangue)!
Pobre poeta! “Refugiou-se numa praia pura”
“onde nada existe”, mas a poesia: que nada a segura,
escondeu-se quietinha em seu coração!
Então, “o vento que sopra o tempo”
transformou a praia vazia,
com tudo que nela havia
(concha, pássaro, “côncavo”, a camisa despida,...),
numa bela poesia!
*Parafraseando João Cabral de Melo Neto,
Em seu poema Psicologia da Composição.
“Saio de meu poema
como quem lava as mãos.”
Caro poeta, engenheiro, diplomata:
Pudera eu sair de meu poema,
por um momento só!
Acorrentada minh’ alma, com versos, sem dó;
mãos tingidas de poesia:
ora de suor ora de lágrima ora de sangue
(que a poesia corre nas veias, misturada ao sangue)!
Pobre poeta! “Refugiou-se numa praia pura”
“onde nada existe”, mas a poesia: que nada a segura,
escondeu-se quietinha em seu coração!
Então, “o vento que sopra o tempo”
transformou a praia vazia,
com tudo que nela havia
(concha, pássaro, “côncavo”, a camisa despida,...),
numa bela poesia!
*Parafraseando João Cabral de Melo Neto,
Em seu poema Psicologia da Composição.