ESPERANÇA CANTADEIRA
Que não falte cantiga ao cantador
e a poesia jamais lhe diga adeus,
que não falte carícia pro amor
e a saudade não molhe os olhos seus.
Que não reste a lembrança na retina
e em surdina não fuja a inspiração,
que não morra a esperança cantadeira
e não falte acorde pro refrão.
Pois a mão que dedilha uma viola
jamais empunhará arma e chicote.
Quem dá de cantar não quer a guerra,
sua arma é rezar firme e cantar forte.
Pelos palcos da vida, pela estrada,
cantador há de levar sempre alegria,
vai deixar sua marca registrada
entre aplausos, saudade e poesia.
Cantoria espalhada pelo tempo
vai além do cantador e além de nós,
tatuando em nosso peito a harmonia
pra entalhar na alma, paz, viola e voz.
Saulo Campos - Itabira MG