AS VISÕES AVULSAS

A noite sem lua
Iluminada
Por céus plumados
De folhas
Entre um verde
Amarelado de rua
Desnuda luz de fogo
dos caminhantes
Qualquer vestígio
Da estética
Segue avante
Todos as bares
Recepcionam
Elefantes
Não há contragosto
P’raquilo que vem
Deixar seu gosto
Seu rosto
suas “runas mágicas”
saborear temperos
cigarros acesos
num drink posto
a espera nunca
dele mesmo
há sempre alguém
pede alguém
acenda meu crivo
senhor que parece
vivo
cá estou sabendo disso
fique onde está
parado ai
és um quadro
invertido
da nossa alegria estúpida
somos um jogo
fascínio
de vontade magra
se não fosse você
não saberíamos
que somos
que existíamos
no circo desta dona
tão bela e linda
a frente do bar
que pouco se ilumina
gracejos decoram
mais que adereços
somos o apreço
pelo preço
que a noite prepara
noite que noite
separa a noite
da noite
que o moderno inventara
a vitória dos gregos
e aquilo que se esconde
por trás dos medos
que um frio
um calor
põe sempre antes de nós
mesmos.