GRÃOS

Cato os grãos da vida, sobras do tempo.
Borra dos sonhos, bordas do mundo.
Sopro as migalhas sobre a mesa
O alguidar transborda o lume
A lâmina afiada a me ferir o lábio gume,
Sangue, sal e seiva salivando vozes
Nos porões de minh’alma, lá no fundo...
Onde a vida repousa lívida, presa
Apenas a este frágil fio de lembrança
Solta ao sopro do meu ser
Em grãos divididos.

(Republicação. 1ª postagem em 03.06.2009 - T16330484)  
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GRÃOS

Olhei as minhas mãos
e, nelas sentindo a maciez,
acarinhei-lhes as palmas,
trêmulas como a embriaguez
de apaixonadas almas
afagadas
ou, como entre os meus dedos,
esmagados segredos
do coração em grãos.
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04\08\2014

Link>
https://www.youtube.com/watch?v=C3S896xf8_A


E na interpretação do Caetano>
https://www.youtube.com/watch?v=StxUbCRdhrA
LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 04/08/2014
Reeditado em 04/08/2014
Código do texto: T4909593
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